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Uncharted: divertido e genérico!

Fãs da série de games Uncharted se revoltaram com a adaptação para os cinemas logo no anúncio do protagonista. Eles simplesmente não aceitaram Tom Holland (o Homem-Aranha) no papel de Nathan Drake, mas não por conta de seu talento, e sim pela idade. Para quem quer fidelidade total aos jogos, realmente Holland é novo demais para o papel. A verdade é que qualquer fandom é bastante sensível a qualquer tipo de modificação. Porém, não ser uma adaptação fiel não é garantia de que seja um filme ruim. Não posso falar sobre a fidelidade porque nunca joguei Uncharted, mas posso dizer que o longa-metragem é, pelo menos, bastante divertido.

A direção de Ruben Fleischer não é garantia de nada. Se por um lado ele comandou o divertidíssimo Zumbilândia, fez também o horroroso Venom. Em Uncharted, ele fica no meio termo. A adaptação não é tão divertida quanto Zumbilândia, mas tem uma leveza que remete aos aventurões da década de 1980. Por outro lado, é tão genérica quanto Venom. A falta de um mínimo de profundidade nos personagens incomoda, principalmente nas rivais femininas de Drake, Chloe Frazer (Sophia Ali) e Braddock (Tati Gabrielle). Antonio Banderas é totalmente desperdiçado como Santiago Moncada.

O que salva o filme um pouco é a ótima dinâmica entre Holland e Mark Wahlberg, que vive Sully, parceiro e um tipo de mentor para Drake. As hilárias discussões entre eles e as inúmeras passadas de perna que todos dão uns nos outros, num tipo mais light da competição vista em Piratas do Caribe, garantem boas risadas. Enfim, de maneira alguma Uncharted: Fora do Mapa é memorável. Mas você com certeza pode considerar o longa uma ótima pedida para uma tarde despretensiosa. Visto o histórico de adaptações de games para o cinema, isso já é uma grande vitória.

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