Podcast 34: A Morte e Retorno do Superman!
A Morte do Superman foi um evento fora e dentro das HQs, criando um molde utilizado vezes sem fim desde então. Já o Retorno trouxe novos personagens que estão por aí até hoje. Hoje vamos falar das duas histórias e tudo que tem no meio. Para isso, reunimos Leonardo Vicente (o Buddy), Roberto Segundo e Thiago Cardim.
Edição: André Pansera
Vitrine: Roberto Segundo
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Eu adoro o Apocalypse de A Morte do Superman. Gosto mais ainda dele na Revanche. Embora o Dan Jurgens não entenda nada de genética. Na série com o Brainiac eu já achei que estragaram o personagem. E depois, com ele inteligente e tal, não gosto. Pra mim ele tinha que se manter sempre aquela ameaça eminente, já que ele se adapta.
Caríssimos Buddy, Roberto e Thiago, muito bom ouvi-los comentando esse marco dos quadrinhos. Como também sou quarentão, lembrei com saudosismo o impacto do evento nas outras mídias, e a Folha de S.Paulo publicou uma matéria legal à época. Lembro de um jornaleiro numa cidade praiana ao norte do RJ comentando comigo “verdade que vão matar o Super-Homem”?, e eu respondi que sim, mas não duraria, era marketing, e ainda demoraria no Brasil pelo menos dois anos porque a Abril tinha essa demora cronológica em relação aos EUA. Qual minha surpresa quando publicam no mesmo ano?!
Para mim, nenhum dos quatro seria o “novo” Super-Homem, eu sempre acreditei que o morto ressuscitaria, porque (1) era O Super-Homem, (2) a Marvel trouxe de volta a Jean Grey, que teve uma morte muito mais impactante, amarrada, significativa e não aparentava retorno; ora, se eles arrumaram uma desculpa para traze-la de volta, como deixariam morto O grande super-herói, origem de todos os demais?
Entretanto, cheguei a ter um pouco de dúvidas no curso das histórias do Super-Cyborg, que foi um belo twist na narrativa ser o vilão.
A Morte lembro como impactante o capítulo final, do Jurgens, porém curti muito mais o Funeral, e o drama narrativo. O Retorno tem um peso negativo muito grande para mim porque foi ali que detonaram (durante anos) meu personagem favorito na DC, o Hal Jordan. A destruição de Coast City, torná-lo vilão e desenvolver um novo Lanterna, insosso Kyle, para mim foi extremamente decepcionante. Ah, o cabelo comprido do Kal não deixa saudades.
Só discordo sobre o Hal. Pra mim a mensal do Gerard Jones já vinha transformando ele num personagem muito chato. Pior que ela começa bem, depois desanda. E eu adorava o Kyle até cair nas mãos do Judd Winnick.
Entendo o ponto de vista Leo, mas é aí que o personagem precisa de um ponto de respiro. Os Lanternas Verdes eram uma tropa, e na Terra já tínhamos John e Guy. Veja como o Geoff Johns conseguiu resgatar as histórias e importância de cada um. Se a ideia era criar um novo Lanterna, jovem, cara dos anos 90, tudo bem. Mas eles optaram por fazer isso destruindo tudo o que aconteceu antes: Hal vilão, fim de Coast City, fim dos Guardiões. E aí eu te pergunto, quantas vezes deu certo transformar um herói em vilão? Porque esse maniqueísmo é muito forte nos quadrinhos, ou você é um herói, ou um vilão, e o anti-herói não é um meio termo, mas um anárquico violento. Desculpe, acabei desvirtuando o tópico, mas isso realmente foi uma consequência direta da Morte do Super-Homem…
Lembro da narração do Cid Moreira no resumo de notícias do Fantástico anunciando a morte do Super-Homem. Creio que a geração de agora nunca vai entender o impacto disso, em um mundo sem internet a notícia ganhou o mundo.