James Gunn anuncia os rumos da DC!
Como prometido, James Gunn, novo chefão do DC Studios ao lado de Peter Safran, divulgou os primeiros projetos de seu plano de 10 anos para o Universo DC cinematográfico. O plano se divide em dois capítulos, o primeiro chamado Deuses & Monstros, com início em 2025, com a intenção de lançar dois filmes e duas séries por ano. Em primeiro lugar, Gunn afirmou que o filme do Flash vai mesmo resetar todo o universo. Apropriadamente, tudo começa nas telonas com o Homem de Aço em Superman: Legacy, filme que mostrará o herói mais jovem, embora não seja uma trama de origem. O roteiro é do próprio Gunn, que animou os fãs dias atrás ao postar uma foto lendo Grandes Astros: Superman, de Grant Morrison e Frank Quitely. A estreia será em 11 de julho de 2025. Gunn pode dirigir o longa, mas isso ainda não está definido. O cineasta, entretanto, já demonstra ter uma visão bem clara sobre o personagem: alguém bondoso num mundo que acha que bondade é antiquada. A proposta de Gunn é apresentar um Superman que tenta conciliar seu legado kryptoniano com sua criação na Terra.
Ainda sem data, os demais filmes surpreenderam. The Authority (sim, a equipe fará parte do Universo DC), The Brave and the Bold, Supergirl: Woman of Tomorrow (baseado na minissérie de Tom King e da brasileira Bilquis Evely) e Monstro do Pântano (uma produção de terror). The Brave and the Bold será uma história de pai e filho, com um novo ator escalado como Batman e introduzindo Damian Wayne, o Robin. O filme será inspirado pelo arco Batman e Filho, de Grant Morrison e Andy Kubert.
Nas séries pela HBO Max, as coisas ficam ainda mais diversas. Estão confirmadas Comando das Criaturas (série animada, mas fazendo parte do mesmo universo), Waller (mostrando Viola Davis de volta ao papel de Amanda Waller, se passando entre a primeira e e segunda temporadas de Paficiador), Lanterns, Paradise Lost (uma trama política em Themyscira, a Ilha Paraíso da Mulher-Maravilha, se passando antes do nascimento da heroína) e Gladiador Dourado. Uma série dos Lanternas Verdes ficou anos em desenvolvimento e acabou cancelada. Lanterns é um projeto novo, com Hal Jordan e John Stewart numa história policial passada na Terra, um mistério ao estilo de True Detective. Outros Lanternas farão participações especiais.
O Comando das Criaturas com certeza é o elemento mais estranho aqui. Pouco conhecidos, os personagens foram criados por J. M. DeMatteis e Pat Broderick em 1980. São uma unidade militar composta por monstros, com aventuras na 2ª Guerra Mundial e, às vezes, no presente, como é o caso na série animada, que terá sete episódios e será a primeira série a estrear, em 2025. A primeira imagem revela uma formação que mistura personagens de vários cantos do Universo DC: Rick Flag, Sr. (pai do Rick Flag do Esquadrão Suicida), Nina Mazursky, Doutor Fósforos (inimigo do Batman), Frankenstein, a Noiva de Frankenstein, G.I. Robot (outro estranho personagem da 2ª Guerra) e Doninha, que já conhecemos de O Esquadrão Suicida.
Waller está sendo desenvolvida por Christal Henry e Jeremy Carver, das séries Watchmen e Patrulha do Destino, respectivamente. A série contará com personagens de Pacificador e um de Comando das Criaturas. Este novo Universo DC conta com um grupo de roteiristas e arquitetos para construir um mundo coeso: Tom King (dos quadrinhos Batman, Sr. Milagre), Drew Goddard (dos filmes Cloverfield e Perdido em Marte), Jeremy Slater (roteirista-chefe da série Cavaleiro da Lua) e Christina Hodson (roteirista dos filmes Aves de Rapina, Flash e Batgirl).
As produções da DC fora desse universo compartilhado levarão o selo Elseworlds. Tal anúncio já foi feito no passado, mas não foi colocado em prática na hora H. Gunn e Safran prometem que agora ficará muito claro quando alguma produção é parte de outro universo, casos da série animada Jovens Titãs em Ação, das continuações de Batman e Coringa e da série do Pinguim. O próximo Batman, inclusive, ganhou título e data. Batman: Parte II estreia em 3 de outubro de 2025.
Vale ressaltar que o que foi divulgado até aqui é apenas parte do capítulo 1. Tem muita coisa pela frente!
Agora, é torcer pela parte mais difícil: que os executivos da Warner deixem os caras trabalhar! Eu lembro daquele cronograma divulgado após BvS, povo animado com filme do Ciborgue, Adão Negro e tals…
Ali eu dei graças a Deus que não foi adiante. Um mundo tendo como base totalmente a visão do Snyder teria sido ainda mais terrível do que já foi. A desorganização da Warner é um problema enorme, mas ali teve fracasso de bilheteria, a visão equivocada do Snyder, a maioria dos filmes tendo 300 roteiristas e diretores antes de sair do papel, cancelamentos a rodo. A maior vantagem da Marvel não é a organização que nunca existiu no nível que eles vendem e boa parte acredita cegamente. A vantagem mesmo é que foi um estúdio que funcionou sozinho de início e só depois foi comprado pela Disney, mantendo uma estrutura quase independente. A DC começou tudo errado por ser tudo comandado pelo a Warner, sem independência nenhuma.