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1984 reimaginado num Brasil diferente!

Desde que caiu em domínio público no começo de 2021, o clássico livro de ficção científica 1984, de George Orwell, vem sendo republicado por inúmeras editoras, ganhando também um número infinito de adaptações em quadrinhos. A Editora Draco decidiu ser mais original, deixando de lado uma adaptação direta, usando a obra apenas de inspiração para a coletânea de quadrinhos 1984 – Brasil, Distopia, Paranoia, que já está em campanha no Catarse, com valores promocionais nos primeiros dias.

Imagine um Brasil distópico, onde a liberdade é apenas uma ilusão e o Grande Irmão está sempre de olho em tudo que você faz. A coletânea conta com seis histórias inspiradas pelo clássico de George Orwell, mas ambientadas no país do samba, feijoada e carnaval. São 120 páginas em preto, branco e verde oliva, formato 17 x 24cm, miolo em papel off-set e capa cartonada. O lançamento será em agosto. Cada uma das HQs é inspirada nos últimos tempos, em que vimos a democracia ser violada, as fake news se espalhando e a pandemia de COVID-19 mudando a vida de todos.

A primeira história é Contrafactual, com roteiro de Alexey Dodsworth e arte por Will Silva. A luta pelas eleições diretas, o primeiro presidente eleito pelo povo, o sequestro da poupança, uma história do Brasil que não ocorreu exatamente como nos lembramos, uma história contrafactual. Camila Suzuki escreve e Danilo Dias desenha Murucututu, em que uma tecnologia experimental que permite monitorar os sonhos é implementada para caçar opositores do Partido, mas tem algo estranho acontecendo, que pode transformar a operação em um pesadelo.

Em Homem Morto, de Rogério Faria e André Martuscelli, o Brasil regrediu para 1984 por decreto. Um agente do Estado reencontra-se em um jovem vizinho e reacende em si uma perigosa faísca revolucionária. Agora, quem é a ameaça? Jessica Borges e Thiago “Maza” Martins apresentam Espião Doméstico, onde Enzo planeja delatar os próprios pais para ganhar um… sorvete, o prêmio pago pelo Estado às crianças que entregam “perigosos” subversivos.

We Are Carnaval, de Raphael Fernandes e Laudo Ferreira se passa no Carnaval, época em que a população vai às ruas dar prazer aos turistas e mandar os demônios para fora do país. Será que um amor proibido pode florescer neste inferno? Erick Sama e João Eddie fecham a coletânea com Soma, estrelada por uma documentadora que tem se sentido cada vez mais alienada e triste após a perda de um relacionamento. Ao se dedicar mais ao trabalho por sugestão do Agente, descobre a glória dos maiores funcionários da Empresa. A capa é de Rui Silveira.

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