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Argylle: diversão em ritmo de sátira!

Penando nas bilheterias, Argylle: O Superespião é mais uma entre tantas produções dos últimos anos que parecem um fracasso anunciado, mesmo tendo qualidade, elenco chamativo e um grande orçamento (US$ 200 milhões). Um problema facilmente detectado é o marketing tímido. O público em geral parece nem saber que o filme existe. Uma pena, pois se trata de uma comédia de ação caprichada.

Só os nomes envolvidos já deveriam chamar a atenção: Matthew Vaughn na direção, com um elenco composto por Bryce Dallas Howard, Sam Rockwell, Henry Cavill, Bryan Cranston, Catherine O’Hara, Samuel L. Jackson, John Cena, Sofia Boutella, Ariana DeBose e Dua Lipa. Dallas é a protagonista Elly Conway, uma escritora de romances de espionagem que parece estar ditando o rumo dos espiões na vida real, o que atrai a atenção de pessoas perigosas. O Argylle do título é o agente que estrela os livros de Elly, vivido por Cavill na maior canastrice, o que cai como uma luva. A grande graça do longa é justamente tirar sarro de todos os vícios e tradições dos filmes de espionagem, distorcendo expectativas e apresentando muitas, mas MUITAS reviravoltas.

Quando você acha que está deduzindo o caminho que as coisas estão tomando, uma nova reviravolta é introduzida. Isso causa algo visto como problema por alguns, fazendo o filme se tornar longo, com 2 horas e 19 minutos de duração. Se o expectador realmente comprou a ideia humorística da produção, não chega a ser realmente um problema, até porque essa duração toda inclui um ótimo equilíbrio de comédia e cenas de ação bem conduzidas, bem ao estilo do exagero proposital que Vaughn já apresentou em trabalhos anteriores, como Kingsman e Kick-Ass.

Mas os méritos não são somente do diretor. Dallas e Rockwell estão ótimos, com uma química perfeita. Cada um tem seu próprio estilo de humor, mas se complementam muito bem. E ainda temos um gato para arrancar suspiros de quem gosta de bichos fofinhos. A escolha do elenco acerta bem também com Cavill e Cena, conhecidos por seus personagens brucutus, encarnando aqui os espiões da fantasia, passando por vários clichês que são muito bem representados por eles em quase todos seus papéis pregressos.

Produzido pela Universal Pictures e a Apple, Argylle (melhor esquecer do subtítulo brasileiro desnecessário) pode encontrar uma sobrevida quando chegar ao streaming da empresa da maçã. Fica a torcida, pois realmente é pura diversão, fora que Vaughn planeja uma trilogia, deixando até uma bela ponta no meio dos créditos.

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