Drop: um suspense que tenta ser moderno!

O diretor Christopher Landon fez nome com produções de suspense e terror que quase sempre misturam os clichês do gênero com alguma pegada mais moderna, fugindo do lugar comum. Foi assim com A Morte Te Dá Parabéns e Freaky: No Corpo de um Assassino. Em Drop: Ameaça Anônima, ele tenta ir pelo mesmo caminho, reduzindo bastante o humor visto nos outros longas, mas com um resultado menos satisfatório.

Meghann Fahy (The White Lotus) vive Violet, uma mãe viúva que, pela primeira vez em muito tempo marca um encontro. Seu date é Henry (Brandon Sklenar, de 1923), um fotógrafo gente boa. O que começa como uma noite incerta rapidamente se transforma num pesadelo para Violet, que cai numa rede de intrigas depois de receber mensagens anônimas que a forçam a tomar parte em um crime. Em resumo: uma trama clássica, mas com tons da tecnologia moderna.

O suspense é muito bem construído, nos convencendo do desespero da protagonista e nos deixando agoniados, tentando descobrir o que realmente está acontecendo, quem é o culpado e até suas motivações. A escolha por apresentar a trama quase que totalmente em um cenário ajuda a formar a atmosfera envolvente. O problema é o ato final: a revelação do vilão funciona, mas tudo começa a acontecer rápido demais e de forma exageradamente conveniente para os mocinhos, quebrando a ideia de um plano genial que foi arquitetada durante todo o filme.

Drop: Ameaça Anônima não é um suspense ruim, mas saiu prejudicado pela redução do humor, elemento tão importante dos filmes mais famosos do diretor, o que teria ajudado a tornar a mudança de ritmo mais palatável e menos brusca. Acaba sendo 80% uma grande experiência angustiante, concluída nos outros 20% de pouca inspiração, onde o humor teria acrescentado algo positivo a cenas ingênuas.

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