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Ad Astra: contemplação e ficção bem dosadas!

Introspectivo é a melhor palavra para descrever Ad Astra (do latim rumo às trelas), uma produção que envolve ficção científica, mas pende mais para o lado do drama e da reflexão.

Dirigido por James Gray, o filme apresenta Brad Pitt numa performance marcante como Roy McBride, um renomado astronauta totalmente dedicado ao seu trabalho. Frio e distante, parece mais uma máquina programada para cumprir suas missões do que um ser humano. Parte disso vem da cobrança, ele é filho de um lendário astronauta, H. Clifford McBride (Tommy Lee Jones), uma sombra projetada o tempo todo nele.

Quando uma misteriosa descarga de energia ameaça a raça humana, Roy aceita uma nova missão que o coloca em contato direto com o legado do pai, através da qual revisita seus sentimentos, sempre tão controlados.

Ad Astra, em seu roteiro é até simples. Trata-se de uma produção que tem sua força principal dividida entre boas atuações e uma linda fotografia, que em mais de um momento nos remete ao clássico 2001: Uma Odisseia Espaço. O filme trata o cenário espacial de maneira realista, contando com (poucas) cenas de ação que exploram muito bem as condições no espaço.

Já citei a ótima atuação de Brad Pitt e isso é chover no molhado, já que o ator demonstrou esse talento diversas vezes. O que realmente merece atenção é outra performance, a de Tommy Lee Jones, um ator que quase o tempo todo parece estar no automático, fazendo o papel de Tommy Lee Jones. Em Ad Astra, ele interpreta pra valer, num papel que lhe exige bastante, e não decepciona.

Com essa boa mistura de desenvolvimento psicológico e visual bem trabalhado, indicações ao Oscar provavelmente virão.

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