Ficcionário: distopia de Horacio Altuna pela Risco!
Em 1982, no auge de sua carreira, Horacio Altuna tomou uma das decisões mais importantes de sua vida: deixou para trás tudo o que havia construído na Argentina e atravessou o Atlântico rumo à Catalunha, em busca de um futuro melhor para sua família. Após duas décadas colaborando com grandes roteiristas argentinos como Héctor Germán Oesterheld e Carlos Trillo, Altuna iniciou uma nova fase em sua carreira, desta vez como autor completo. Foi quando criou suas próprias histórias, sendo a primeira delas Ficcionário. Publicada na revista 1984, da Toutain Editor, a série de 10 contos foi um marco em sua trajetória, rendendo a Altuna seu primeiro prêmio como roteirista. Mais tarde, em 1988, ele expandiu esse universo com a graphic novel Imaginário.
Agora, a Risco Editora apresenta uma edição definitiva que reúne Ficcionário e Imaginário em um único volume, chamado apenas Ficcionário. A tradução é de Érico Assis. A publicação tem 128 páginas em formato magazine (21 x 27,5 cm), com capa dura e papel offset 120g, acompanhada de um marcador de páginas exclusivo. Os contos de Ficcionário totalizam 68 páginas em preto e branco, enquanto Imaginário tem 52 páginas em cores. A HQ já está em campanha no Catarse, com apoios a partir de R$ 91. As recompensas incluem outras publicações da Risco e cupom de 15% de desconto na loja da editora. O lançamento será em março.
Publicado nas edições 50, 55 a 62 e 64 da revista 1984, Ficcionário escancara a visão crítica de Altuna sobre regimes ditatoriais, totalitarismo e cerceamento de liberdades. Ambientada em um futuro distópico, a obra narra as aventuras cotidianas de Beto Benedetti, um homem comum em uma cidade marcada pela corrupção, decadência e controle social. Cercado por dispositivos de bioprogramação e uma sociedade consumista, Beto tenta equilibrar as regras do sistema opressivo com seu desejo de reconexão humana. Ao lado de Mai, uma mulher que desafia as normas sociais, ele enfrenta situações surrealistas e trágicas, refletindo sobre o valor da humanidade em um mundo que busca mecanizar emoções e relações.
Em 1988, Altuna deu sequência às histórias de Beto Benedetti com a graphic novel Imaginário, publicada na França pela Dargaud. A obra apresenta quatro histórias interligadas, acompanhando Beto em um futuro onde ele trabalha como cinegrafista, guiado remotamente por um diretor enquanto documenta eventos extremos, como um sequestro e a caça a um ganhador de loteria. Posteriormente, foi publicada em sete partes na revista Zona84, entre abril e outubro de 1989. A narrativa explora temas como voyeurismo, manipulação midiática e desumanização.
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