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O Homem-Cão: nonsense (só) para a garotada!

Muito se fala da crise dos quadrinhos americanos, sempre se apontando como Marvel e DC Comics não conseguem renovar seu público. Quando desviamos a atenção para as livrarias dos EUA, percebemos que a crise é das grandes editoras. Há anos, Dav Pilkey produz graphic novels para o público infantil, alcançando enorme sucesso com o Capitão Cueca e o Homem-Cão. Este último, com 13 volumes já lançados, vendeu mais de 3.8 milhões de exemplares. O sucesso chamou a atenção da DreamWorks, que primeiro adaptou o Capitão Cueca e, agora lançou O Homem-Cão.

O nome do personagem explica tudo: ele é um policial metade homem, metade cão. E com aventuras ainda mais nonsenses do que o já citado Capitão Cueca. O filme segue os confrontos entre o Homem-Cão e seu arqui-inimigos, Peter, o Gato, um felino metido a cientista louco que cria as mais bizarras – e nada práticas – máquinas nas tentativas de derrotar o policial.

O humor nonsense funciona bem, e há personagens na história que introduzem elementos “fofinhos”. Essa mistura rende uma produção até divertida, mas pouco inspirada. O público bem jovem é facilmente envolto pelo ritmo maluco da trama, mas os já um pouco mais velhos podem achar infantil demais. Ao contrário de muitas produções da própria DreamWorks, O Homem-Cão não consegue atingir todas as faixas etárias, ainda que conte com boas piadas tirando sarro dos clichês da eterna luta do bem contra o mal.

Ao ser demasiadamente simples, o longa falha em ser cativante. A impressão que dá é de que vimos um episódio de uma série animada e não um longa-metragem para o cinema. Impressão que é reforçada ao comparar a simplicidade com a do curta de Os Caras Malvados exibido antes de O Homem-Cão. Enfim, um mais do mesmo que dificilmente se fixará em sua memória.

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