Until Dawn: mais do mesmo na década errada!

Por vários anos, brinquei com os amigos dizendo que, por mais que adorasse filmes de terror, era um gênero que lançava duas ou três boas produções por ano. Isso mudou bastante na última década, com mais e mais bons e até ótimos longas lançados. Já na área das adaptações de games, a melhora pode não parecer tão significativa, mas é mais por conta do fato de que poucas produções são lançadas por ano. Sendo tanto terror quanto adaptação de game, Until Dawn: Noite de Terror chegou com atraso. Se fosse lançado alguns anos atrás, teria chamado muito mais atenção. No cenário de hoje, é apenas um filme razoável, sem nenhum diferencial.

A trama é manjada: um grupo de jovens amigos vai parar numa casa abandonada no meio do nada, onde são atacados por seres sobrenaturais. Mas há algo a mais: eles ficam presos num looping temporal, revivendo a mesma noite, enfrentado cada vez mais ameaças. Apesar de simples, a ideia é bastante interessante e poderia ter sido desenvolvida de uma maneira mais eficaz. O grande problema da adaptação é que ela se leva a sério demais na maioria do tempo. A diversidade de ataques representa muito bem os infinitos clichês dos filmes de terror, mas faltou um elemento humorístico, satírico, que se aproveitasse disso. Os poucos momentos em que a seriedade nada natural é deixada um pouco de lado rendem escassas cenas mais divertidas.

Não vou comparar o filme com o game, já que nunca o joguei, mas devo elogiar o visual das criaturas apresentadas na produção, o verdadeiro ponto forte de tudo. No final das contas, Until Dawn: Noite de Terror é despretensioso e até diverte, aquele tipo de coisa que você assiste e acaba esquecendo em pouco tempo. A decepção é realmente enxergar as qualidades da mitologia apresentada e perceber que não foram bem exploradas.

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